Se não
já bastasse a terrível seca que insiste em não cessar, prejudicando o
abastecimento de água encanada em vários municípios de Pernambuco, a
COMPESA, empresa responsável pela distribuição do precioso líquido em
quase todo o estado, informa através da ARPE - Agência de Regulação de
Pernambuco nesta sexta (31) que a partir do dia 20 de março próximo, as
contas dos usuários da empresa terão um aumento de 8,57% nas suas
tarifas, a ARPE anunciou o reajuste depois de reunião na manhã desta
sexta-feira do comitê de regulação econômico-financeira, sendo que a
COMPESA solicitava um acréscimo de 15, 44%.
A
agência ainda designou até o final do ano de 2017 para que a
Companhia Pernambucana de Saneamento aumente de 82% para 90% o esquema
de distribuição de água no estado. Ela tem que dobrar a atenção aos
esgotos de 18,7%, atualmente para 38%. A Arpe também solicitou que a
empresa aumente a qualidade da água que oferece à população, que passe
de 92% para 94% e que diminua o tempo para atendimento feitos pelo 0800,
que ela oferece aos consumidores. Normalmente, o atendimento prestado é
feito em até 72 horas e para vazamentos de esgotos, o índice não passa
do 12%, a meta estabelicida pela Agência é de 70%. Cumpra-se.
“Essas
metas vão compor um fator que vai interferir nos reajustes anuais. Se a
Compesa atingir um cumprimento de menos de 90% das metas, a Arpe aplica
um redutor de 0,5% no reajuste que vai acontecer entre 2019 e 2022: se
for de 6%, por exemplo, vai ficar 5,5%”, explica o diretor de regulação
econômico-financeira da agência, Hélio Lopes.
A
Companhia tem uma garantia de direito de adicional de 0,5% para o
próximo reajuste, se caso consiga ultrapassar as metas estipuladas pela
Agência Reguladora, que definiu que os reajustes devem ser balizados
apenas pelos índices de inflação, em 2019, quando acontecerá próxima
revisão tarifária.
Hélio
Lopes ainda citou que, o grande volume de investimentos realizados pela
Compesa, como no Sistema Pirapama e na Adutora do Oeste, foi o que mais
contribuiu para o valor de 8,75% no reajuste. A companhia aumentou a
base de ativos em mais de 100%, passando de R$ 1,2 bilhão no valor
contábil registrado em novembro de 2009 para R$ 2,6 bilhões. “O nosso
objetivo não é punir a concessionária, mas melhorar o serviço
oferecido”, conclui o diretor da Arpe.
G1 PE
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