Em decorrência das infiltrações no solo da estrutura do Hospital
das Clínicas (HC) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o
Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) e Sindicato dos
Médicos do Estado (Simepe) fiscalizaram, nesta quarta-feira (27), as
condições de funcionamento da unidade, desde o subsolo aos andares dos
leitos de internação.
A fiscalização foi realizada após denúncias que o subsolo estava
alagado, por conta de algumas bombas de sucção quebradas. Os
funcionários informaram ainda que HC está sem contrato de manutenção
predial há 80 dias. No centro cirúrgico, por exemplo, não há lâmpada no
hall de entrada e das 10 salas de cirurgia, apenas sete estão
funcionando.
Outra questão que compromete o funcionamento do HC são os elevadores. Dos nove equipamentos
existentes, apenas quatro estavam funcionando. Os resultados são as
filas longas, demora nos procedimentos e na transferência de pacientes. A
climatização não existe e nos repousos médicos, os funcionários tiveram
que fazer “cotas” para comprar um ar condicionado.
Com as informações, as entidades médicas – Cremepe e Simepe - vão
solicitar uma audiência com o Ministério Público Federal, o Conselho
Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA), além da direção do Hospital
para discutir a situação da unidade. Para o presidente do Cremepe,
Sílvio Rodrigues, o governo deve investir emergencialmente no hospital
escola. “Sabemos que existe uma verba em torno de R$ 19 milhões que
devem ser investidos na unidade e se não for utilizada corre o risco de
voltar para o governo federal” explicou.
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