Brasília – O senador Armando Monteiro
(PTB) esteve reunido longamente com o presidente da Companhia de
Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf),
Elmo Vaz, além de técnicos da entidade, para se inteirar de todo o
histórico e das mudanças que ocorreram no projeto do Canal do Sertão. Esta é uma obra de infraestrutura hídrica que levará água potável para
diversos municípios do Sertão pernambucano. O senador Humberto Costa
(PT-PE) também esteve presente no encontro.
“Foi uma reunião para nos informarmos
sobre o projeto que sofreu alterações desde a sua concepção. Na
realidade, a população deveria ter sido informada sobre todo o alcance
desse projeto, de modo que não fosse de repente surpreendida com essas
mudanças, ou seja, tudo deveria ter sido precedido de um debate amplo e
de uma mais completa informação à população e à comunidade do Araripe”,
salientou. Armando deverá se reunir com o ministro da Integração
Nacional, Francisco Teixeira, na próxima semana para discutir o
assunto.
Para Armando, o Canal do Sertão de
Pernambuco é uma obra de caráter estrutural importante para o combate
aos efeitos da seca, além de ser uma oportunidade de interiorização do
desenvolvimento para as regiões beneficiadas. “É sem dúvida um antigo
anseio da população da região que sofre com a estiagem”, disse, logo
após a reunião, que ocorreu ontem (quarta-feira, 20), em Brasília..
Entenda o caso - Em outubro deste ano, a
Codevasf publicou edital que modificou o projeto original do Canal do
Sertão e retirou vários municípios da região, sobretudo do Sertão
Central e do Araripe, do projeto de irrigação.
Se antes havia a possibilidade de uma
área de irrigação de cerca de 110 mil hectares de terras, conforme
previsto no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), a atual
concepção chega a pouco mais de 33 mil hectares, incluindo apenas os
municípios de Petrolina, Santa Cruz, Dormentes e Santa Filomena –
deixando ao largo áreas de terras irrigáveis de elevada fertilidade na
região do Araripe e também do Sertão Central.
Crédito da foto: Ana Luisa Souza/divulgação
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