O auditório estava lotado de ministros
do governo da presidente Cristina Kirchner, deputados, prefeitos,
vereadores e acadêmicos. No discurso, o ex-presidente relatou que um dia
disse à mulher, Marisa, que “se ficarmos lendo jornais e revista, vamos
ter azia. Simplesmente parei de ler”. Os ministros de Cristina, entre
eles Julio De Vido, o homem forte de Cristina na área econômica,
aplaudiram.
Mas Lula também destacou, como se ainda
fosse presidente, que, “se alguém acha que um dia vou mexer um dedo para
prejudicar a imprensa, esse dedo já caiu”.
O ex-presidente também avaliou as
críticas que recebe: “muitas vezes aquele que fala mal da gente é mais
honesto do que aqueles puxa-sacos das autoridades”.
Segundo Lula, “somente uma democracia
permite que um negro seja eleito presidente dos Estados Unidos e que um
índio governe a Bolívia e um homem como (José) Mujica que ficou seis
anos em uma solitária (durante a ditadura militar) seja eleito
presidente do Uruguai”.
Argentina
Ao longo do discurso Lula afirmou várias
vezes que “ama” a Argentina. Lula destacou a necessidade de aprofundar a
integração bilateral e recorreu ao exemplo futebolístico: “no Brasil só
temos divergências com a Argentina no futebol”. Na sequencia disse que
não poderia ocorrer um remake do “Maracanaço” de 1950, quando o Brasil
perdeu para o Uruguai no Rio de Janeiro. “Espero que a Argentina não vá à
Copa do Brasil…e espero que o Brasil ganhe”, disse em tom brincalhão.
Lula destacou que não falava inglês nem
espanhol e que não conseguiu uma graduação em um universidade. No
entanto, ressaltou que “duvidava” que na História do Brasil houve um
presidente “que conversou tanto com empresários, negros, índios e
sindicalistas como eu conversei”.
Da Agência Estado
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