"Armando é o candidato". Confirmando a tendência evidenciada após
algumas articulações políticas e estratégicas ocorridas no estado, o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deferiu o recado aos petistas
pernambucanos consolidando o nome do petebista como candidato da Frente
Popular ao Palácio das Princesas em 2014, garantindo um palanque para a
presidente Dilma Rousseff em Pernambuco. A informação é de Denise
Rothenburg, na coluna Brasília DF desta terça-feira (22).
Com os passos semelhantes feitos pelo governador Eduardo Campos (PSB)
para as eleições de 2006, quando iniciou sua campanha pelo interior do
estado e posteriormente seguindo para a capital, o senador Armando
Monteiro, líder do PTB em Pernambuco, entregou os cargos que a sigla
tinha no governo socialista para potencializar suas andanças pelo estado
visitando correligionários e consolidando alianças.
Esse cenário político se deu logo após a aliança entre o governador
Eduardo Campos e a ex-senadora Marina Silva, ambos do PSB, e mexeu no
tabuleiro eleitoral para a campanha pela Presidência da República,
provocando uma reação imediata entre petistas e petebistas, em
Pernambuco. Lula já havia dito a interlocutores que o gesto de Eduardo
havia transformado o governador socialista em um candidato com real
potencial na disputa ao Palácio do Planalto em 2014.
No Planalto, a estratégia é o silêncio. A análise é de que qualquer
avaliação neste momento é prematura. Assim como o PT, o governo foi
surpreendido com a parceria entre Eduardo e Marina. Mesmo assim, a
aposta é que ainda não estão claros os efeitos dessa aliança. Os votos
de Marina, na avaliação dos aliados da presidente, se dividem entre
ambientalistas, religiosos e um grupo que está “contra tudo e contra
todos”.(Filipe Barros - Diario de Pernambuco)
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