FOTO: Amigos de Garanhuns no facebook |
Não foi apenas o Recife que viveu seu dia de protestos. Manifestantes de
cidades do interior do estado também foram as ruas expressar indignação
sobre temas nacionais e regionais. Os protestos foram pacíficos e não
registraram episódios de vandalismo, comuns nas manifestações das
capitais.
Em Garanhuns, estima-se que cerca de 5 mil manifestantes se dirigiram do
parque Euclides Dourado até a Praça Guadalajara. A Ação foi denominada
"Luta Nacional Contra o Aumento das Passagens e Valorização da
Democracia", e contou coma participação, em especial, de estudantes das
universidades públicas. O comércio do centro da cidade fechou as portas
mas não foram registradas manifestações violentas. Na última
quarta-feira (19) o prefeito Izaias Regis anunciou a redução de 10
centavos na tarifa de ônibus.
A estudante de psicologia Danila Cristiny esteve no protesto e falou de
algumas bandeiras levantadas pelo movimento. “Vários grupos estiveram
presentes. Os estudantes e a população em geral estiveram na rua.
Fizemos o recolhimento de assinaturas para um abaixo-assinado
reivindicando melhores condições para a UTI do Hospital Regional Dom
Moura. Outra reivindicação foi para a melhoria da Universidade de
Pernambuco em Garanhuns. O governo do estado interiorizou a universidade
mas não dá condições para os estudantes se manterem nela. Foi nossa
ação que fez com que a passagem de ônibus baixasse”, disse.
No Sertão, a onda de protestos uniu pernambucanos e baianos. As cidades
de Juazeiro, na Bahia, e Petrolina protestaram em conjunto no ato
intitulado “O Vale Acordou”. A manifestação também foi pacífica e contou
com cerca de 10 mil pessoas, de acordo com os organizadores. A
caminhada começou na Praça da Bandeira, em Juazeiro, e seguiu para a
Prefeitura de Petrolina.
Um dos temas que mais mobilizaram os manifestantes foi a saída do
Exercito da Ilha do Fogo. A ilha fluvial, pertencente a Juazeiro, foi
ocupada pelos militares em setembro do ano passado sob a alegação de que
o território favorecia a prática de crimes e prostituição. Apesar
disso, o local também era utilizado como espaço de lazer de famílias de
Petrolina e Caruaru. "A ilha era muito utilizada para o turismo. A
população costumava passar os fins de semana lá e hoje nem sequer os
pescadores têm acesso ao local", protestou a jornalista Clêilma Souza,
participante da manifestação.
Para esta sexta-feira (21) estão previstos protestos em Petrolândia e
Serra Talhada no sertão. Mais de sete mil pessoas pessoas confirmaram
presença, pelas redes sociais, em Caruaru. Na internet o protesto foi
denominado de “Não é só pelos centavos”.
Diário de Pernambuco
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