Uma metáfora bastante difundida durante a campanha eleitoral do prefeito
Luciano Duque foi a de que ele, no PT, iria pavimentar uma “estrada” que
ligaria Serra Talhada diretamente com o recursos do Governo Federal em
Brasília. Eliminando, assim, os “atravessadores”. Após abraçar a presidente
Dilma Rousseff (PT) durante evento de inauguração da Adutora do Pajeú,
nesta segunda-feira (25), na Capital do Xaxado, Duque teve a certeza:
“a estrada, que era uma metáfora, neste momento, se materializa”.
Em seu discurso, que durou pouco mais de 6 minutos, abrindo o evento,
o prefeito de Serra avaliou a presença da presidente em sua terra como uma
“ordem de serviço” para a estrada de que tanto se falou na eleição.
“Presidenta, não vou aqui listar pedidos ao seu governo, até porque
já estamos sendo assistidos por suas ações. Aqui já temos a Transnordestina,
a Adutora do Pajeú, um Instituto Federal de Ciência e Tecnologia,
universidade federal, creches, ônibus escolares, quadras poliesportivas
e salas de aula climatizadas”, elencou.
O prefeito afirmou que a Capital do Xaxado se consolidou como
polo médico e educacional por conta de investimentos federais,
mas também estaduais. "Somos orgulhosos dos nossos números e
queremos repartir isso com a senhora", disse Duque, fazendo questão
de enfatizar os investimentos realizados pelo Governo do Estado no
município, como a Faculdade de Medicina pela UPE e uma
UPA-Especialidades. Em resposta às palavras do prefeito anfitrião,
Dilma agradeceu pela “recepção calorosa”. Um público de
6.200 pessoas – números divulgados pela assessoria da
presidência – recebeu a líder petista com gritos de “olê, olá, Dilma!”.
“Quero cumprimentar Luciano Duque, nosso querido prefeito de
Serra Talhada. Agradeço a você e a Eduardo Campos por isso”,
disse a líder petista, iniciando o discurso. Emocionado, Duque finalizou
de forma poética citando o Rei do Baião: "Como cantou Luiz Gonzaga,
Riacho do Navio corre pro Pajeú, e o Rio Pajeú vai despejar no
São Francisco... E agora tubulações cortam a caatinga e trazem de
lá vida em forma de água para a nossa terra".(Assessoria de Comunicação)
EDUARDO INAUGURA COM DILMA TRECHO DA ADUTORA DO PAJEÚ
E DIZ QUE ÁGUA É TAMBÉM CIDADANIA
E DIZ QUE ÁGUA É TAMBÉM CIDADANIA
“Precisamos construir a saída dessa seca. Até o próximo inverno,
temos que garantir água para milhares de comunidades. Tenho convicção
de que estamos vivendo a mais dura fase da vida de milhares de pessoas".
Foi o que disse o governador Eduardo Campos, ao receber a presidenta
Dilma Rousseff ontem (25/03), no município de Serra Talhada,
a 412 quilômetros
do Recife.
O encontro se deu durante evento para inaugurar o trecho de 118
quilômetros da Adutora do Pajeú, que coloca água do Rio São Francisco
na rede de abastecimento da Compesa na cidade de 80 mil habitantes,
localizada no seminário. Na ocasião, também foram assinadas a
Ordem de Serviço para a construção da Barragem de Ingazeira e o
edital de licitação para o Ramal Entremontes.
"Durante muitos anos, a água foi instrumento de dominação política.
Foi a partir desse constrangimento que muitos se sustentaram no poder.
Fazer a água chegar na casa das famílias é a possibilidade de liberdade
e de construir cidadania. Estouramos as cercas dos currais atrasados
de Pernambuco”, afirmou Eduardo.
Em seu discurso, Eduardo agradeceu as parcerias que tem realizado
com a presidente Dilma, “o que não é pouco”, disse, completando:
“É um conjunto de adutoras, obras, trazendo de volta a água que o rio
Pajeú leva para o São Francisco, garantindo que a água chegue
tratada na casa das pessoas. Temos de buscar os pontos que devem
nos unir para buscar a saída desse momento duro, o valor de deixar
nosso povo independente”.
Em atividade desde fevereiro, o trecho inaugurado oficialmente nesta
manhã conduz água de Floresta até Serra Talhada, beneficiando
90 mil famílias da região, e recebeu investimentos de R$ 140 milhões.
A primeira etapa da Adutora do Pajeú segue até Afogados da Ingazeira,
e está prevista para ser entregue em julho deste ano. Ao todo,
a primeira parte da adutora soma 197 quilômetros e um
investimento de R$ 198 milhões do Governo Federal, por meio do PAC2.
Para a presidente, obras como a Adutora do Pajeú “são importantes
desde o início, quando se contrata os trabalhadores”. “Só temos
dificuldades hoje em relação à seca, porque o que estamos fazendo,
que é garantir um direito dos mais sagrados, a água, deveria ter sido
feito um século atrás”, afirmou, dizendo ter aprendido a olhar para o
Nordeste com o ex-presidente Lula, e “também pelas contribuições ao
nosso País de Frei Caneca, Joaquim Nabuco, Paulo Freire,
Miguel Arraes e Ariano Suassuna, entre outros”.
PARCERIAS – Durante o evento, também foi anunciada uma série de
parcerias entre a União e o Governo Estadual. Serão liberados,
através do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), R$ 3,1 bilhões,
sendo R$ 330 milhões de contrapartida azul e branca. Desse total,
R$ 1,65 bilhão vai para obras rodoviárias, sendo R$ 1,2 bilhão para a
construção do Arco Metropolitano e R$ 450 milhões para a
duplicação da BR-423 entre São Caetano e Garanhuns. “Esses
investimentos mostram que essa parceria (Governo do Estado e União)
está cada vez mais forte, para o bem de Pernambuco e do Brasil”,
destacou a ministra do Planejamento, Miriam Belchior.
As obras hídricas também foram contempladas nesse recurso do PAC.
Serão R$ 570 milhões para o Ramal de Entremontes, dos quais
R$ 200 milhões do Governo do Estado. A obra vai levar água do Eixo
Norte da integração do São Francisco até Chapéu e Entremontes.
Serão beneficiados os municípios de Serrita, Parnamirim e Terra Nova.
Os R$ 163 milhões restantes são para a segunda etapa da Adutora do
Pajeú, que tem 419 quilômetros de Afogados da Ingazeira até Taperoá,
na Paraíba, e levará água a 400 mil famílias.
“Poucos perceberam a importância, mas, como sertanejo, quero destacar
o Ramal de Entremontes. A obra vai tirar a água do são Francisco e
levar na direção do Sertão Central e do Araripe, garantindo segurança
hídrica a essas regiões”, explicou o ministro da Integração Nacional,
Fernando Bezerra Coelho.
ORDEM DE SERVIÇO - A Barragem de Ingazeira é uma obra aguardada
por cerca de 36 mil pessoas de Ingazeira, São José do Egito, Tabira e
Tuparetama. São R$ 42 milhões, com prazo de entrega de um ano,
com início nesta segunda-feira. “Estamos fazendo o maior programa
hídrico em Pernambuco, com investimentos respaldados pelo
Governo Federal. Estamos abraçando juntos esse desafio e querendo
antecipar os prazos de execução”, disse Bezerra Coelho.
(Fotos: Aluisio Moreira/SEI)
Assessoria de Comunicação
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