Em
recente entrevista a este blogueiro o deputado federal Mendonça Filho
(DEM) comentou a situação atual do partido Democratas. Ele fez uma breve
análise da saída do casal Tony Gel e Miriam Lacerda, que deixou a sigla
para o PMDB.
“Dá
pra dimensionar que foi uma perda relevante. Eles sempre tiveram
prestígio, força, relevância de pessoas que tem representatividade em
Caruaru e no interior de Pernambuco. Eu lamentei, mas foi uma decisão
que eles tomaram com base em uma diretriz estadual. Cabe a mim
lamentar, mas respeitar esse rumo partidário”, disse.
O
presidente estadual da legenda também comentou a situação dos suplentes
de Caruaru e disse que não vai interferir na briga judicial entre
Rosimery da Apodec e Antônio Carlos. “Quem cabe definir essa querela é a
própria Justiça, até ela julgar a situação dos vereadores afastados,
ela tem que determinar quem deve assumir a vaga na Câmara. Eu tive
contato com os dois, com Antonio e Rosemary, mas não posso assumir que
um ou outro deva ficar com o mandato temporariamente. O partido não vai
interferir nessa questão”, pontuou.
Mendonça
disse ainda que dificilmente o DEM vai apoiar a candidatura de Eduardo
Campos (PSB) para presidente. “O partido Democratas até tinha uma
divisão muito clara, uma parte que defendia Aécio, e outra que
sinalizava para Eduardo. Prevaleceu a corrente em defesa de Aécio. Não
vejo chance de o partido nacionalmente apoiar Eduardo. Localmente a
gente tem duas opçÕes: apoiar o candidato do PSB, ou apoiar Armando
Monteiro, pelo PTB. Resta saber se o PT vai lançar candidato ou não.
Estamos aguardando o desdobramento do que está por vir. O quadro
nacional ainda está para se definir, pois aguardamos algumas definições,
como a possibilidade de DIlma se candidatar, ou Aécio lançar-se
candidato. Provavelmente vamos nos aliar a Aécio, mas a diretriz é que
todos terão liberdade de seguir o caminho que bem entender nos estados”,
garante.
Sobre
a criação de novos partidos e a mudança constante de posições de
políticos, ele fez duras críticas. “Virou uma salada. São dois fatores:
aquela divisão ideológica entre esquerda e direita deixou de existir,
convergiu mais para uma economia de mercado e democracia liberal. Hoje a
presidente Dilma promoveu mais privatizações na rede rodoviária do que
nos governos de Fernando Henrique Cardoso”, disse.
Sobre
os insucessos da oposição nas últimas eleições, o deputado credita ao
forte marketing junto a mídia. “Isso é fruto da propaganda que temos
visto na mídia. Eventualmente eu apareço na TV, mas a Dilma entra no
intervalo do Jornal Nacional de forma impactante com muito mais tempo de
inserção, o que é aliado a uma série de propagandas do governo nesses
meios de comunicação. No caso dos médicos estrangeiros, há um marketing
pesado, quando precisaríamos de uma formação melhor para os
profissionais daqui”, comentou.
O
político ainda criticou a proposta do atual prefeito de Belo Jardim,
João Mendonça (PSD), em encher a prefeitura de parentes dele. “Eu
discordei desse projeto e condenei essa proposta. Hoje sou rompido com o
atual prefeito de Belo Jardim, e o que ele faz ou deixa de fazer não me
diz respeito. Acho que o poder público moderno deve ter o exercício de
forma diferente do que se quer com um projeto desses, que coloca
interesses particulares e familiares como prioridade”, observou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário