Eduardo Campos trabalha 2012 de olho em 2014, nos cenários nacional e estadual. Ele sabe que precisa ter prefeitos nas principais cidades que possam apoiar seu projeto de continuidade no poder. E seus principais adversários, estão, é verdade, em seu próprio governo.
A oposição de Pernambuco atualmente não têm a mesma força de atuais aliados, caso estes rompam para iniciarem projetos próprios visando 2014.
Assim, Eduardo costura nomes que possam permitir sua continuidade. Caso a escolha seja técnica, como Lula fez com Dilma, o escolhido seria um secretário, possivelmente Tadeu Alencar ou Geraldo Júlio.
Se a escolha for política, o PSB só teria um nome hoje, o Ministro Fernando Bezerra Coelho.
Se tiver que ir buscar fora do partido, seriam Armando Monteiro (PTB) ou Humberto Costa (PT), mas pelas movimentações do governador parece que esta hipótese fica cada vez mais distante. Vejam o exemplo de Garanhuns, que mesmo com a candidatura posta de Izaías Régis, o governador está patrocinando a entrada equivocada de Antônio João Dourado. O governador também tem se envolvido no processo de escolha do PT na capital, de modo a dificultar o crescimento da candidatura de Humberto Costa.
Em rota futura de colisão com seus aliados, Eduardo se movimenta para criar alternativas.
E a mais recente é resgatar para a política o Ministro do Tribunal de Contas da União, José Múcio Monteiro, que foi Ministro de Lula e teria de saída a aprovação de muita gente em Pernambuco, seus antigos correligionários. Zé Múcio teria simpatizantes em vários segmentos políticos.
Como a política está no sangue, não seria difícil Zé Múcio, que está sem filiação partidária devido sua nova função, aceitar o desafio de disputar uma nova eleição para governar Pernambuco, pois foi seu primeiro sonho político, quando perdeu para Miguel Arraes, quando apenas figurou numa eleição que já começou perdida, mas alguém tinha que disputar. Zé Múcio aceitou a missão e de lá pra cá, tornou-se um vitorioso na vida pública estadual, com voos maiores na política nacional.
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